por onde vou a morte vai comigo
silenciosa e terna
no bolso de meu corpo
na pele de meu terno
sempre a morte
meu eterno abrigo
no meio do caminho
sincera mais que o meu melhor amigo
levo comigo a morte
sem reclamar da leveza
levo comigo a morte
sem me assustar com a certeza
levo comigo a morte
da mesma forma que levo
no coração
a indivisível tristeza
(João Evangelista Rodrigues)
Nenhum comentário:
Postar um comentário